O Porto do Soyo surge pela primeira vez na sua história pelo facto de Diogo Cão ter atracado na foz do Rio Zaire, isto é, na ponta do padrão em 1482 no período em que todos os Portos de Angola ainda não estavam formalmente institucionalizados.
Os Colonialistas Portugueses ao longo do período da colonização criaram interesses pela costa marítima e os estuários marítimos ou fluviais das Províncias Ultramarinas nomeadamente Angola e Moçambique, mas infelizmente pouco ou mesmo nada fizeram para o seu desenvolvimento.
No caso do Soyo, herdava do regime colonial uma pequena ponte cais construída por necessidade comercial por um comerciante de nome Vicente Marques Teixeira, e situava-se nas instalações da Alfândega no coração da cidade.
Esta ponte cais só podia atender a demanda de uma embarcação que possuísse a menos de 250 toneladas de arqueação bruta.
As operações de movimento de cargas eram feitas manualmente e o pessoal era recrutado em forma de (biscateiro), pois, a escala de navios não era frequente pudesse acontecer espontaneamente.
A Exploração dos Portos do Norte dá-se através da Direcção do Porto de Cabinda que na época transfere três funcionários, naturais da Província do Zaire para assegurar os serviços Portuários no Soyo-Zaire, na qual constavam na lista os seguintes senhores:
Na época para o incremento da actividade petrolífera a estas paragens, exigia-se a presença do material de prospecção petrolífera o qual não podia ser transportado por via terrestre, por motivo de guerra que assolava o país, por outro lado, naquela altura no Soyo havia uma frota pesqueira Soviética (Expedição Conjunta Angolana e Soviética) que operava no abastecimento de peixe às populações.
Precisamente daí, nasce à necessidade da construção de uma logística de apoio à actividade petrolífera, e na base de um acordo entre o Ministério dos Transportes e a Sonangol com as suas operadoras associadas, no ano de 1980 que culminou com a construção de um Cais Comercial acostável com 200m de extensão. Associava-se a essa construção na Base do Kwanda os Cais da Chevron-Texaco e da Elf, servindo várias companhias entre a Esso, Total, BP, Halliburton, Petromar, Agip, etc.
O território angolano, conheceu um período de guerra e o Soyo não foi diferente, as operadoras petrolíferas associadas à Sonangol que operavam na base logística da Kwanda, conheceram dificuldades em colocar em sua disposição no Soyo, o equipamento e material para os serviços de prospecção petrolífera no offshore, onde ocorriam a sua actividade. Por via terrestre não o podiam o fazer por causa da guerra que assolava o país, por via aérea era difícil por se tratar de materiais bastante pesados. .
Foi assim, que se optou na construção das pontes cais na base logística da Kwanda de forma a permitir-se a entrada e saída de navios para o desembarque do material desejado sem dificuldades. .
Foi nesta conformidade que surge também a construção do caís comercial para empresa portuária do Soyo, cais este, acostável com 200 metros de comprimento e 80 metros de largura.
Verificamos hoje, que o Porto do Soyo de ontem não é o mesmo de hoje, pois que se transformou numa Empresa Regional, Pública de Logística e Económica. As suas infraestruturas na região permitem a entrada e saída de navios, mercadorias e passageiros dando oportunidade a uma boa cadeia de fornecimento de bens e serviços, garantias de empregabilidade.
Por outro lado, tem um significado histórico pelo facto de Diogo Cão ter atracado neste Porto em 1482 quando todos os Portos de Angola (mesmo o do Soyo), ainda não estavam formalmente institucionalizados.
As infraestruturas herdadas, pelo regime colonial só havia uma Ponte Cais no Soyo e que poderia atender apenas a demanda de uma pequena embarcação que não fosse superior à 250 toneladas de arqueação bruta.
Havia falta de equipamentos pórtico por isso, a maior parte das operações ocorriam manualmente. A força de trabalho era reduzida e em certos momentos, recorria-se a biscateiros.
Os serviços da Empresa Portuária hoje, são informatizados quando antes a Contabilidade e Administração era feita com máquina calculadora, e dactilógrafo.
Os escritórios imponentes do actual edifício da empresa substituíram os antigos escritórios que se localizava dentro da alfândega onde se armazenavam o cimento.